quarta-feira, 29 de agosto de 2007

Todo o poder das amêndoas

Esta fruta oleaginosa é uma rica fonte de fonte de proteína vegetal. A amêndoa já era consumida pelo Homem desde a Antiguidade, devido a suas elevadas propriedades protéicas. Além das proteínas, é rica ainda em gorduras monoinsaturadas, vitamina E, folato, magnésio, fósforo e selênio. Segundo os nutricionistas é uma arma eficaz contra obesidade, doenças cardíacas, perda de massa muscular e câncer. Pode ser consumida adicionando as amêndoas na salada, com cereais ou no iogurte no café da manhã ou no sorvete, como sobremesa.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Saudades….

Hoje acordei com saudades!
Sinto saudades de assistir televisão e comer pipocas em casa junto do meu pai e de minha mãe.
Sinto saudades das minhas irmãs, (os), sobrinhas(os).
Sinto saudades de comer brigadeiro e doce de leite.
Sinto saudade do cheiro da terra molhada em um dia de chuva.
Sinto saudade de correr descalça pelas ruas e pelo quintal de casa.
Sinto saudades do carrinho de rolemã que meu pai e meus irmãos faziam.
Sinto saudades de soltar pipa na rua.
Sinto saudades de jogar queimada.
Sinto saudades das bonecas de pano, espigas de milho e caroços de manga que minha mãe fazia.
Sinto saudades das tardes de chuva dentro de casa desenhando e pintando o sete.
Sinto saudades dos bolos e doces que fizeram parte da minha infância.
Sinto saudade do Jupi, cachorrinho lindo (viveu 14 anos).
Sinto saudades dos parques e dos circos.
Sinto saudades das arapucas para caçar rolinhas e pardais.
Sinto saudades dos dias de pescas e dos peixinhos fritos.
Sinto saudades da primeira professora e do meu primeiro uniforme.
Sinto saudades do meu primeiro emprego, primeiro salário, primeira promoção.
Sinto saudades…e como é bom sentir saudades, é sinal que vivi intensamente esses momentos a ponto deles não se apagarem de minha memória e se manterem tão vivos, bonitos, a ponto de ainda sentir os cheiros e sabores causando em mim a mesma emoção.
Que eu possa sentir amanhã saudade do hoje assim como eu sinto do ontem.
(Maria Lúcia de Lima)

Conselhos de Bill Gates

Para qualquer pessoa com filhos de qualquer idade ou qualquer pessoa que já foi criança, aqui estão alguns conselhos de Bill Gates em uma conferência de uma escola secundária sobre coisas que estudantes não aprenderiam na escola.

Ele fala sobre como a política do "sentir-se bem" tem criado uma geração de crianças sem conceito da realidade e como esta política tem levado as pessoas a falharem em suas vidas posteriores à escola.

Regra 1: A vida não é fácil - acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua auto-estima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil por ele ANTES de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará um alto salário assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição antes que tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espere até ter um chefe. Ele não terá pena de você.

Regra 5: Ser office boy não está abaixo da sua posição social. Seus avós têm uma palavra diferente para isso - eles chamam de oportunidade.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais, então não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer seus pais não eram tão chatos como agora. Eles só ficaram assim por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você falar o quanto você mesmo era legal. Então antes de salvar o planeta para a próxima geração querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto.

Regra 8: Sua escola pode ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas você não repete mais de ano e tem quantas chances precisar até acertar. Isto não se parece com absolutamente NADA na vida real.

Regra 9: A vida não é dividida em semestres. Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável que outros empregados o ajudarão a cumprir suas tarefas no fim de cada período.

10: Balada NÃO É vida real. Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a cafeteria e ir trabalhar.
(Bill Gates)

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Amanhecer...


Olhe o dia amanhecendo e você vai sentir que, em quase tudo, há anjos tecendo o alvorecer.
Uns são raios de sol que vêm descendo, para iluminar o que de bom a gente sonha fazer.
Outros são canções suaves que quando em silencio, a gente ouve em toda fonte que jorra, em cada onda que bate, em cada sopro de vento, em cada silvo selvagem, em cada bicho que corre, em cada flor ao nascer.
Eles são fontes de energia e proteção, presentes em seus planos, desejos, vontades, em tudo o que o amanhecer inspira.
Só que é preciso fechar os olhos para ver, e ouvir o coração dizendo que a gente é como gota d"água, nesse mar imenso do universo, com o poder infinito de transformar o que é invisível em cores do arco-íris.
Acredite.
Cada manhã dá luz a um novo dia, mas é você quem faz nascer a alegria.

SER FLORES OU SER ESPINHO

Quando eu estiver irritado, eu vou tentar ser orquídea; Quando eu tiver problemas com a família, eu vou tentar ser rosa; Se no meu trabalho houver discórdia, eu quero aprender a ser jasmim; Se alguém me magoar e meu melindre quiser aflorar, eu vou brotar girassol; Quando uma pessoa me trair, é por não conhecer Papai do Céu, eu deixarei meu coração ser bouganville. Quando eu não tiver prudência, e a doença aproveitar o meu descuido, que eu deixe surgir a flor de maracujá; Se o vício me persegue e eu não consigo enxergar meu erro, que eu me transforme em lírios e azaléas; Se eu sei que as coisas da terra são instrumentos de aprendizagem e nada me pertence, se tudo é passageiro por aqui, que eu acorde mais rápido e seja orquídea, rosa, onze horas, violetas... Afinal o Pai que nos criou, deixou a gente escolher ser flores ou ser espinho.
"O seu propósito de vida é o que você disser que é; a sua missão é o que você se der; a sua vida será como você a criar."

domingo, 26 de agosto de 2007

Eu posso ser...

O farol que te guia,
a água que te sacia,
a chama que te aquece,
a palavra que te emudece,
a força que te movimenta,
a brisa que te acalenta,
a voz que te inebria,
o abraço que te acaricia,
o ouvido que te escuta,
a razão da sua luta,
a rima dos teus poemas,
a solução dos teus problemas,
o tema da sua canção,
o começo da sua oração,
a causa do seu conforto,
o cais do seu porto...

Amiga(o),
Não importa o seu exterior
nem seu peso ou sua cor.
Não importa a sua idade,
sua pobreza ou prosperidade,
seu jeito de se vestir,
de falar ou de sorrir...

Importa, sim,
o modo como pensa,
o carinho que me dispensa,
o sonho que quer realizar
e como posso lhe ajudar,
a mágoa que não jogou fora
e a sua dor de agora...

Importa, sim,
a sua lágrima secar,
o seu riso partilhar,
seu problema ouvir
e soluções sugerir,
seu tombo amortecer
e o seu "ego" erguer...

Precisando estarei sempre aqui...

Um momento de descontração...rs...rs....

Deus fez a mulher.
E houve harmonia no paraíso.
O diabo vendo isso, resolveu complicar.
Deus deu a mulher cabelos sedosos e esvoaçantes.
O diabo deu pontas duplas e ressecadas.
Deus deu a mulher um corpo de Barbie.
O diabo inventou a celulite, as estrias e o culote.
Deus deu a mulher músculos perfeitos.
E o diabo os cobriu com lipoglicerídios.
Deus deu a mulher um temperamento dócil.
E o diabo inventou a TPM.
Deus deu a mulher um andar elegante.
O diabo investiu no sapato de salto alto.
Então Deus deu a mulher infinita beleza interior.
E o diabo fez o homem perceber só o lado de fora.
Só pode haver uma explicação para isso:
- O diabo só pode ser viado!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

SIGNIFICADO DO SOFRIMENTO DA VIDA

Cada um de nós lida com o sofrimento de uma forma diferente. Diante de determinados sofrimentos uns parecem mais forte, mais preparados que outros. Mas, todos nós temos nossos "pontos fracos", uns são fortes diante do sofrimento da perda de um ente querido, mas se desestruturam diante de uma desilusão amorosa.

Enfim, as combinações são as mais diversas possíveis, portanto acredito que esse texto se encaixa para todos nós, em algum momento de nossas vidas, para alguns no momento presente, e a esses eu sugiro uma melhor análise do texto, que se bem compreendido e assimilado é de grande valia.

Então pensemos um pouco sobre o assunto. Garanto que pensá-lo dói bem menos que sentí-lo.

Para melhor expressar-se, o amor irrompe de for­mas diferentes, convidando à reflexão em torno dos valores existenciais. Muito do significado que se carac­teriza pelo poder - mecanismo dominante da realiza­ção do ego - desaparece, quando o amor não está pre­sente, preenchendo o vazio existencial. Essa ânsia de acumular, de dominar, que atormenta enquanto com­praz, torna-se uma projeção da insegurança íntima do ser que se mascara de força, escondendo a fragilidade pessoal, em mecanismos escapistas injustificáveis que mais postergam e dificultam a auto-realização.

A perda da tradição é como um puxar do tapete no qual se apoiam os pés de barro do indivíduo que se acreditava como o rei da criação e, subitamente se en­contra destituído da força de dominação, ante o desa­parecimento de alguns instintos básicos, que vêm sen­do substituídos pela razão. O discernimento que con­quista é portador de mais vigor do que a brutalidade dos automatismos instintivos, mas somente, a pouco e pouco, é que o inconsciente assimilará essa realidade, que partirá da consciência para os mais recônditos re­folhos da psique.

Nesta transformação - a metamorfose que se ope­ra do rastejar no primarismo para a ascese do raciocí­nio - o sofrimento se manifesta, oferecendo um novo tipo de significado e de propósito para a vida.

Impossível de ser evitado, torna-se imperioso ser compreendido e aceito, porqüanto o seu aguilhão pro­duz efeitos correspondentes à forma porque se deva aceitá-lo.

Quando explode, a rebeldia torna-se uma sensa­ção asselvajada, dilaceradora, que mortifica sem sub­meter, até o momento em que, racionalmente aceito, faz-se instrumento de purificação, estímulo para o progres­so, recurso de transformação interior.

O desabrochar da flor, rompendo o claustro onde se ocultam o perfume, o pólen, a vida, é uma forma de despedaçamento, que ocorre, no entanto, no momento próprio para a harmonia, preservando a estrutura e o conteúdo, a fim de repetir a espécie.

O parto que propicia vida é também doloroso pro­cesso que faculta dilaceração.

O sofrimento, portanto, seja ele qual for, demons­tra a transitoriedade de tudo e a respectiva fragilidade de todos os seres e de todas as coisas que os cercam, alterando as expressões existenciais, aprimorando-as e ampliando-lhes as resistências, os valores que se con­solidam. Na sua primeira faceta demonstra que tudo passa, inclusive, a sua presença dominante, que cede lugar a outras expressões emocionais, nada perduran­do indefinidamente. Na outra vertente, a aquisição da resistência somente é possível mediante o choque, a experiência pela ação.

O ser psicológico sabe dessa realidade, O Self iden­tifica-a, porém o ego a escamoteia, fiel ao atavismo an­cestral dos seus instintos básicos.

O sofrimento constitui, desse modo, desafio evo­lutivo que faz parte da vida, assim como a anomalia da ostra produzindo a pérola. Aceitá-lo com resignação dinâmica, através de análise lúcida, e bem direcioná-lo é proporcionar-se um sentido existencial estimulante, responsável por mais crescimento interior e maior va­lorização lógica de si mesmo, sem narcisismo nem uto­pias.

Todos os indivíduos, uma ou mais vezes, são con­vidados ao enfrentamento, sem enfermidades graves ou irreversíveis, com dramas familiares inabordáveis, com situações pessoais quase insuportáveis, defrontan­do o sofrimento.

A reação irracional contra a ocorrência piora-a, alu­cina ou entorpece os centros da razão, enquanto que a compreensão natural, a aceitação tranqüila, propiciam a oportunidade de conseguir o valor supremo de ofe­recer-se para a conquista do sentimento mais profun­do da existência.

A morte, a enfermidade, os desastres econômicos, os dramas morais, os insucessos afetuosos, a solidão e tantas outras ocorrências perturbadoras, porque inevi­táveis, produzindo sofrimento, devem ser recebidas com disposição ativa de experienciá-las. Para alguns desses acontecimentos palavra alguma pode diluir-lhe os efeitos. Somente a interação moral, a confiança em Deus e em si mesmo para a convivência feliz com os seus resultados.

Esta disposição nasce da maturidade psicológica, do equilíbrio entre compreender, aceitar e vivenciar. Aqueles que não os suportam, entregando-se a lamen­tações e silícios íntimos, permanecem em estado de in­fância psicológica, sentindo a falta da mãe super prote­tora que os aliviava de tudo, que tudo suportava em vãs tentativas de impedir-lhes a experiência de desenvolvimento evolutivo.

A aceitação, porém, do sofrimento como significado existencial e propósito de vida, não se torna uma cruz masoquista, mas se transforma em asas de liberta­ção do cárcere material para a conquista da plenitude do ser.



"A impossibilidade é uma condição momentânea, e quem sabe disto não desiste. E nenhuma outra postura é tão instigadora de criatividade e intuição quanto o não desistir. O simples fato de permanecer no jogo abre opções que, fora dele, ao se jogar a toalha, obviamente não existem".

Dicas para aliviar o Stress

Umas das doenças mais comentadas atualmente, o stress vem atormentando o
dia-a-dia de muitas pessoas. O stress é o resultado de uma reação que o
nosso organismo tem quando é estimulado por fatores externos desfavoráveis.
A primeira coisa que acontece com o nosso organismo nessas ocasiões é uma
descarga de adrenalina e os orgãos mais afetados são o aparelho respiratório
e o circulatório.

Nessas ocasiões o melhor que se tem a fazer é manter a calma e esfriar a
cabeça. Para se evitar o stress, seguem algumas dicas:

Pratique exercícios físicos regularmente, isso abaixa a pressão e alivia as
tensões causadas pelo stress.

Arrume um hobby ou passatempo, isso ajuda a desviar a atenção dos problemas
de nosso cotidiano.

Controle sua alimentação, evite o alcoól e o cigarro, essas atitudes além de
contribuirem para uma vida mais saudável, contribuem para a diminuição do
stress.

Procure conversar mais com as pessoas, melhorar sua vida social, isso não
vai curar mas ajuda a aliviar as tensões.

Saia de férias de vez em quando ou saia de sua rotina, esqueça um pouco dos
problemas.

O melhor que se tem a fazer é encarar os problemas da vida com mais calma e
sem nervosismo, lembrar que existem pessoas que estão bem piores que você e
sempre agradecer por tudo o que se tem. Temos que honrar os nossos
compromissos, mas não podemos nos esquecer das nossa saúde e das pessoas que
amamos!



"Quando você se defrontar comum problema muito complexo, procure dividi-lo em
partes e resolva uma de cada vez. A semente precisa vencer muitas etapas até
se transformar numa flor."

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

A força do pensamento

Imagine que tudo aquilo que existe no mundo concreto já foi antes idealizado, pensado por alguém.
Quer ver?
Observe os objetos ao seu redor. Os quadros, móveis...
A cadeira por exemplo. Antes de existir, essa cadeira foi pensada por alguém. O marceneiro pensou: "vou construir uma cadeira assim, feita de pinho ou de imbuia, depois vou envernizar..." aí fez a cadeira.
Veja a comida de ontem no jantar... A pessoa que a cozinhou pensou antes: "hoje vou fazer arroz, feijão, uma saladinha e um bife...ou um picadinho".
Então tudo foi pensamento, tudo foi idéia antes de existir.
Como é que você faz quando vai tirar férias? Diz mais ou menos assim: "bem, vou sair em janeiro, porque as crianças também estão de férias e a gente aproveita pra passar o verão na praia". Ou então: "vou aproveitar as férias para ir visitar o meu povo lá no interior, na fazenda".
Então chega o dia das férias e você faz aquilo que planejou, aquilo em que pensou antes.
Aquelas férias só existem na realidade concreta porque existiram antes dentro da sua cabeça.
Primeiro, elas têm que ser idéia, pensamento, para depois se tornar realidade.
Quando você não planeja suas férias, elas não acontecem e você diz assim: "mas que coisa! Minhas férias acabaram e eu não fiz nada".
Não fez porque não planejou, porque não pensou antes, não criou antes dentro da sua cabeça.
Tudo o que existe no mundo é assim.
Tem de ser pensado antes, tem de ser concebido, criado primeiro dentro da mente.
Nesse processo de criar, de planejar o futuro, você usa a todo vapor a sua inteligência, a sua capacidade de visualizar. A força do pensamento!
Eis a chave que permite decifrar o grande segredo do universo: aprender a usar as habilidades da mente para superar os problemas do dia-a-dia, sempre procurando novas formas de tornar a vida mais agradável.
O cérebro é como um tear encantado, no qual podemos tecer nosso futuro da forma que quisermos.
É preciso iniciar essa construção, é preciso se empenhar nesse processo criativo, estabelecer essa conexão energética com a fonte da vida universal e encher o seu mundo de beleza e harmonia e realizações.
(Clotilde Tavares)

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Sabe o que eu mais queria na vida?

Queria, durante uma semana, só ler notícias boas...
Nem precisava que elas fossem tão boas; bastava que não houvesse nenhuma ruim.
As manchetes dos jornais não precisariam falar de coisas muito importantes.
Poderiam contar que neste ano estão crescendo flores, misteriosamente, em todos os canteiros de todos os prédios, e que até as vielas das favelas estão floridas e coloridas.
Além disso, por um capricho da natureza, elas estariam mais cheirosas do que nunca, e que esse fenômeno está fazendo com que as pessoas estejam mais gentis, mais delicadas, mais felizes. E os traficantes, no lugar de traficar, levariam grandes buquês para suas namoradas, que retribuiriam com beijos e palavras amorosas.
Os jornais diriam que nossos deputados e senadores se renderam à beleza que tomou conta do país, e durante esta semana esqueceriam de seus interesses particulares e só votariam projetos a favor do bem-estar geral.
E isso lhes faria tanto bem que eles sairiam do congresso a pé, falando com todas as pessoas com quem cruzassem na rua, sorrindo, simpáticos, como faziam quando estavam em campanha.
Eles também colheriam e levariam flores para suas mulheres, com um carinho que elas já haviam esquecido que existia.
As rádios só tocariam canções de amor, e as televisões mostrariam praias, montanhas, lugares lindos onde se poderia passar uns dias só sendo feliz, mais nada.
Algumas pessoas não seriam citadas no noticiário desta semana, e seria proibido falar de qualquer partido político, já que eles só nos trazem desgosto. Responda rápido: algum deles lhe trouxe alguma alegria nos últimos tempos?
Nessa semana, só uma coisa seria proibida: tirar fotos com o celular.
Para que as pessoas soubessem que os momentos de verdadeira felicidade são guardados dentro do peito, deles não se esquece, e para isso não precisamos de nenhuma maquininha.
Barraquinhas ofereceriam água de coco gelada e pão de queijo fumegando, de graça, como se estivéssemos numa quermesse...
Ninguém teria a menor preocupação com coisa alguma, ninguém falaria de doenças nem de tragédias, até porque ninguém estaria doente e nenhuma tragédia teria acontecido.
Teríamos a ilusão, durante uma semana, de que a vida seria assim, para sempre; e à noite, quando aparecessem os primeiros vaga-lumes, a certeza de que todos nossos sonhos iriam se realizar.
Aliás, uma semana seria demais; bastaria que fosse assim por um dia.
(Danuza Leão)

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Vivemos julgando as pessoas

Como expectadores da vida alheia, julgamos diariamente os gestos e atitudes do nosso próximo.
Quem diz que nunca julga, não é honesto consigo mesmo. Quando fazemos um comentário, qualquer que seja, estamos julgando.
Cada vez que exprimimos uma opinião pessoal sobre alguma coisa, fato ou alguém, estabelecemos um julgamento, justo ou injusto.
E quando somos nós o centro da platéia, pedimos clemência, tolerância, imploramos interiormente para que se coloquem no nosso lugar e tentem entender nossas ações ou reações.
Colocar-se no lugar do outro para entendê-lo, seria entrar no seu coração e alma, sentir suas emoções, vestir sua pele. Impossível...
Cada um de nós é único e mesmo aquelas pessoas que mais amamos não nos transferem suas dores tais e quais. Sentimos sim, quando sofrem, mas por nós, porque nossa própria alma se entristece.
Deveríamos, todos, possuir um espelho da alma, para que pudéssemos nos olhar interiormente antes de julgarmos outras pessoas. Sentiríamos, provavelmente, vergonha dos nossos pensamentos. Por que nosso próximo é tão exposto às imperfeições, falhas, pecados, más ou boas decisões, quanto nós.
Se houvesse uma câmera capaz de revelar aos outros nossos pensamentos diários, iríamos estar sempre fugindo dela... Por quê?
Porque ante a possibilidade de que seja revelado nosso eu, seríamos muito mais honestos conosco. Isso nos tornaria, talvez, mais tolerantes e mais humildes.
Quando alguém sofre porque está atravessando por um caminho pedregoso, dói nessa pessoa não somente a passagem por esse caminho, mas também o olhar dos outros, que condenam sem piedade, as línguas ferem mais profundamente que facas e punhais.
As pessoas se esquecem facilmente que tiveram um passado que, mesmo se correto, nunca foi um lago de água transparente, porque puras, só as criancinhas...
E ninguém pode dizer o que virá amanhã, se houver amanhã.
Ninguém está ao abrigo das chuvas repentinas da vida, das torrentes que podem levar tudo, dos males que podem atingir o corpo e, às vezes, a mente.
Apenas um minuto e tudo pode se transformar.
Então... Melhor exercer a tolerância, a bondade, a compaixão, antes de julgarmos se outros estão certos ou errados, se têm ou não razão.
E quando a tentação for grande de olhar o que se passa com outros, bom mesmo é se lembrar do espelho que deveria retratar nossa imagem interior que pediria, certamente, compreensão.
E como não sabemos o que o amanhã nos reserva, vivamos o dia de hoje com sabedoria, coração amoroso para com o próximo e olhar voltado para o alto.
(Letícia Thompson)

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Oração a si mesmo...

Você faz uma prece ao levantar ou ao se deitar? Já fez uma prece a si mesmo?
Olha só:
Que eu me permita olhar, escutar e sonhar mais.
Falar menos.
Chorar menos.
Ver nos olhos de quem me vê a admiração que eles me têm e não a inveja que penso que têm.
Permitir sempre escutar aquilo que eu não tenho me permitido escutar.

Saber realizar os sonhos que nascem em mim e por mim e comigo morrem por eu não os conhecer.

Então, que eu possa viver os sonhos possíveis e os impossíveis;
Aqueles que morrem e ressuscitam:
A cada novo fruto,
A cada nova flor,
A cada novo calor,
A cada nova geada,
A cada novo dia.
Que eu possa sonhar o ar,
Sonhar o mar,
Sonhar o amar,
Sonhar o amalgamar.

Que eu possa substituir minhas palavras pelo toque, pelo sentir, pelo compreender, pelo segredo das coisas mais raras, pela oração mental (aquela que a alma cria e que só ela, ouve e só ela, responde).

Que eu saiba reproduzir na alma a imagem que entra pelos meus olhos fazendo-me parte suprema da natureza, criando-me e recriando-me a cada instante.

Que eu possa chorar menos de tristeza e mais de contentamentos.

Que meu choro não seja em vão, que em vão não sejam minhas dúvidas.

Que eu saiba perder meus caminhos, mas saiba recuperar meus destinos com dignidade.

Que eu não tenha medo de nada, principalmente de mim mesmo: que eu não tenha medo de meus medos.

Que eu adormeça toda vez que for derramar lágrimas inúteis e desperte com o coração cheio de esperanças.

Que eu faça de mim um homem sereno dentro de minha própria turbulência, sábio dentro de meus limites pequenos e inexatos, humilde diante de minhas grandezas tolas e ingênuas (que eu me mostre o quanto são pequenas minhas grandezas e o quanto é valiosa minha pequenez).

Que eu me permita ser mãe, ser pai, e, se for preciso, ser órfão.
Permita-me ensinar o pouco que sei e aprender o muito que não sei, traduzir o que os mestres ensinaram e compreender a alegria com que os simples traduzem suas experiências; respeitar incondicionalmente o ser; o ser por si só, por mais nada que possa ter além de sua essência, auxiliar a solidão de quem chegou, render-me ao motivo de quem partiu e aceitar a saudade de quem ficou.

Que eu possa amar e ser amado.

Que eu possa amar mesmo sem ser amado, fazer gentilezas quando recebo carinhos; fazer carinhos mesmo quando não recebo gentilezas.

E... que eu jamais fique só, mesmo quando eu me queira só.
(Oswaldo Antônio Begiato)